Há alguns dias recebi um e-mail bastante esclarecedor, sem falar que dei umas boas risadas sobre equívocos de ditados populares que aprendemos na infância e reproduzimos naturalmente. Com a ajuda do professor Pasquale poderemos corrigir alguns deles, ou não.
Hoje é domingo pé de cachimbo..., uma parlenda que aprendemos quando pequenos na escola, e todos conhecemos o complemento, mas o correto é ‘Hoje é domingo pede cachimbo’, porque domingo é um dia propício para relaxarmos e para os que gostam, até fumar um cachimbo, ainda muito comum no interior e na zona rural.
Quem nunca ouviu a frase ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro’, mas alguém já soube de algum bicho que fosse carpinteiro? Certamente não, porque o correto é ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.
Com certeza alguma vez você declamou ‘Batatinha quando nasce esparrama pelo chão’, sabendo que a batata é um caule que se desenvolve embaixo da terra, ela não pode se esparramar, porque na realidade o correto é “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão’, estranho não é? Parece até não rimar.
Ainda semana passada ouvi a referência a ‘Cor de burro quando foge’, alguém conhece essa cor? E afinal, burro muda de cor quando foge? Na realidade somos nós que corremos enquanto o burro foge, porque o correto é ‘Corro de burro quando foge’.
Outro mais comum é ‘Quem tem boca vai a Roma’, certamente entendemos o incentivo desse ditado que é quando não souber, pergunte que você chega lá, mas na realidade o correto é ‘Quem tem boca vaia Roma’, afinal em vários registros históricos identificamos as ações de Roma que merecem uma enorme vaia.
Em relação às semelhanças entre parentes, quem nunca ouviu o ‘cuspido e escarrado’, mas o correto é ‘Esculpido em carrara, isso mesmo, carrara para quem não conhece é um tipo de mármore.
Será que alguém já caçou com gato? Pelo menos, é o que popularmente se refere o ditado ‘Quem não tem cão caça com gato’, certo? Errado, porque o ditado correto é ‘Quem não tem cão, caça como gato, referindo-se a caçar sozinho, uma característica desse felino.
Sem dúvida as explicações são esclarecedoras, mas um pouco sem graça, não concordam? Afinal a intencionalidade é proporcionar a eficácia da comunicação, ou seja, aos que não tiveram acesso às normas da Língua Portuguesa em um espaço formal vale a intencionalidade dos ditados populares.
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