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Brasil: Uma história de escravidão e resistência

 Imagem retirada da internet
Os registros da história do Brasil são marcados pela prática da exploração, mas também de resistência, iniciados no século XVI quando nos tornamos colônia de Portugal.

A produção que se desenvolveu largamente na colônia portuguesa inicialmente foi a produção da cana-de-açúcar que durante muito tempo serviu de base econômica da colonização em nosso país, mas apresentava também a problemática da mão-de-obra, que teve como solução inicial a escravização dos guerreiros Tupis, mas por conhecerem bem a região foram maciças as fugas e os contra-ataques aos portugueses, fato que levou a Coroa a empregar outro mecanismo pára adquirir a mão-de-obra para a produção canavieira.
A solução para essa problemática conhecemos bem, a comercialização do escravismo dos negros africanos que apresentou conveniências econômicas para a burguesia branca, uma vez que  a mercadoria humana foi facilitada pelos constantes conflitos entre africanos. Para dar sustentabilidade e justificar o escravismo em território brasileiro, foi criada a ideologia branca de que a pele e aparência física dos negros eram sinais naturais de inferioridade. Vale ressaltar que culturalmente esse modelo racista é alimentado em nosso País até os dias atuais.
Justificado também pela Igreja Católica, o escravismo na América está ligado a preconceitos racistas se diferenciando do escravismo praticado na Antiguidade.
Esse movimento de tráfico humano esteve sempre assentado em bases empresariais cujo planejamento previa critérios de seleção, variação étnica e rupturas, técnicas como isolar, dominar, desterritorializar. Este modelo consolidou a desvalorização racista do trabalho e dos trabalhadores muito comum em nossa sociedade brasileira até os dias atuais.
Mas esse trabalho escravista deu sustentabilidade a dinâmica social da violência, máxima exploração, gastos concentrados na coerção, disciplina e produção acima de tudo, que além das marcas físicas gerou a violência simbólica do domínio e persuasão no campo do imaginário e mentalidade coletiva de inferiorização do negro e forjando um identidade de modelo senhorial-branca.
Felizmente, esse modelo testemunhou a resistência brasileira ao sistema escravista e à opressão senhorial-branca e nós conhecemos bem o movimento contra-hegemônico que teve o Quilombo dos Palmares como ícone de reconstrução de uma identidade cultural e étnica.
Com a ilegalidade da escravidão temos a primeira etapa do processo de busca de liberdade concluída, resta-nos continuar a luta por dignidade e igualdade de oportunidade, afinal falta a etapa seguinte que é, reforma agrária, distribuição de renda igualitária, acesso à educação e à saúde de qualidade.

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