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Cultura


            A palavra cultura vem ganhando destaque nos discursos oficiais e populares, e não é muito difícil evidenciarmos alguns equívocos sobre o que se fala de cultura, que já esteve associada a grau de instrução.
Embora existam várias abordagem teóricas sobre cultura, a explicação mais fácil de ser entendida é imaginarmos que todo indivíduo para sobreviver e se relacionar com o meio cria e desenvolve estratégias que facilitam a comunicação e o seu relacionamento com tudo que o cerca. Assim, cultura é a expressão do pensamento humano, a forma como ele identifica e age frente ao mundo.
A cultura é a fortificação de um povo à medida que aglomera, une e identifica um determinado grupo, por isso, se diz que a cultura é a alma de um povo, e que povo sem cultura é povo sem identidade.
Vários são os relatos históricos de povos conquistadores que utilizavam essa premissa para subjugar outros povos. A exemplo disso podemos citar os romanos, que habilmente usavam esse conhecimento para dominar, pois tentavam destruir a cultura dos vencidos na batalha, por meio da destruição dos monumentos, proibição do uso da língua materna exigindo o uso do latim, idioma dos dominadores, sem falar que roubavam os deuses dos povos dominados. A usurpação dos deuses de outros povos era porque entendiam que diante da angústia e do desespero, os indivíduos buscariam a libertação do sofrimento na religião, sabendo-se que se a cultura é a alma de um povo, a religião é a alma da cultura.
Assim, vários povos perderam sua identidade e assimilaram as experiências e verdades de outros povos, e lamentavelmente alguns deles deixaram de existir e os conhecemos apenas através de pesquisas e registros em alguns livros.
Você certamente já leu sobre eles em algum livro de história.

A Língua Portuguesa e os ditados populares


 

Há alguns dias recebi um e-mail bastante esclarecedor, sem falar que dei umas boas risadas sobre equívocos de ditados populares que aprendemos na infância e reproduzimos naturalmente. Com a ajuda do professor Pasquale poderemos corrigir alguns deles, ou não.
Hoje é domingo pé de cachimbo..., uma parlenda que aprendemos quando pequenos na escola, e todos conhecemos o complemento, mas o correto é ‘Hoje é domingo pede cachimbo’, porque domingo é um dia propício para relaxarmos e para os que gostam, até fumar um cachimbo, ainda muito comum no interior e na zona rural.
Quem nunca ouviu a frase ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro’, mas alguém já soube de algum bicho que fosse carpinteiro? Certamente não, porque o correto é ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.
Com certeza alguma vez você declamou ‘Batatinha quando nasce esparrama pelo chão’, sabendo que a batata é um caule que se desenvolve embaixo da terra, ela não pode se esparramar, porque na realidade o correto é “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão’, estranho não é? Parece até não rimar.
Ainda semana passada ouvi a referência a ‘Cor de burro quando foge’, alguém conhece essa cor? E afinal, burro muda de cor quando foge? Na realidade somos nós que corremos enquanto o burro foge, porque o correto é ‘Corro de burro quando foge’.
Outro mais comum é ‘Quem tem boca vai a Roma’, certamente entendemos o incentivo desse ditado que é quando não souber, pergunte que você chega lá, mas na realidade o correto é ‘Quem tem boca vaia Roma’, afinal em vários registros históricos identificamos as ações de Roma que merecem uma enorme vaia.
Em relação às semelhanças entre parentes, quem nunca ouviu o ‘cuspido e escarrado’, mas o correto é ‘Esculpido em carrara, isso mesmo, carrara para quem não conhece é um tipo de mármore.
Será que alguém já caçou com gato? Pelo menos, é o que popularmente se refere o ditado ‘Quem não tem cão caça com gato’, certo? Errado, porque o ditado correto é ‘Quem não tem cão, caça como gato, referindo-se a caçar sozinho, uma característica desse felino.
Sem dúvida as explicações são esclarecedoras, mas um pouco sem graça, não concordam? Afinal a intencionalidade é proporcionar a eficácia da comunicação, ou seja, aos que não tiveram acesso às normas da Língua Portuguesa em um espaço formal vale a intencionalidade dos ditados populares.